Eu odeio quando usam
abreviações
detesto reducionismos
abomino o diminutivo
eufemismos
insinuações.
Odeio risinhos seguidos de
'eu não disse nada'
detesto que apertem os olhos
como se tivesse me analisando.
Detesto frases feitas que já vem
atreladas a singelas acusações
'eu te conheço'.
Odeio o fingimento
a falsa alegria
as aparências
os altruístas cheios de
escusas.
Detesto tapinhas nas costas
elogios repletos de inveja e
maldade.
Odeio os bonzinhos
sempre com as mãos estendidas e cheias
palavras doces.
Detesto os vassalos
puxa saco
os submissos
os coitadinhos.
Odeio que me mostrem o caminho
que digam
'faço por você'
'te amo'.
Detesto a tolice gratuita
os que se desculpam demais
tom de superioridade
os pretensiosos
falatório como forma de
esconder a ignorância.
Odeio quando concordam
sem saber e/ou entender
os que pedem licença
por favor
dizem obrigado
bom dia e etc.
Detesto o narcisismo
os perfeccionistas.
Odeio a todos e
a tudo que esqueci.
domingo, 19 de outubro de 2008
Poema
Os aborígines
Longevos
Longe dos
Olhos incautos
Dos civilizados.
Os empíricos
Cegos para
As letras
Tortas.
Os bárbaros
Ao largo da
Barbárie moderna.
Os nativos lassos
Dos esquálidos
Sons metálicos.
Os seres quedos
Nas pocilgas
Cotidianas de
Vidas medianas.
No vasto
Vazio de uma
Amplidão turva
Me junto a eles e
Permaneço como a
Esperança:
Ferido de morte.
Abril de 2005
Poema
Overture para iniciar,
Allegro não me alegra Assai;
Espero sôfrego pelo Finale,
Mesmo que não seja Gran.
sábado, 4 de outubro de 2008
Olhares
Procurar
nesta de
propor o
desproporcional
sempre
provém o
improvável
porém
prevendo
erros profundos
prometo
não te
procuro
mais.
propor o
desproporcional
sempre
provém o
improvável
porém
prevendo
erros profundos
prometo
não te
procuro
mais.
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