domingo, 22 de novembro de 2009

Alívio

Uma
sen
sação
de
alí
vio
aba
teu-
me
poder-
se-
ia
cul
par
um
sem

mero
inclu
índo
meu es
tado
beli
gerante.

domingo, 15 de novembro de 2009

A Espera

Escuse-me!
- Crês, de fato, na fatalidade indestrutível do esquecimento?
- E tu, acredita na permanência indelével para outrem?
Por volta da meia noite embarcariam, cada um com seus motivos,
rumo ao incerto, ao desconhecido...
- Que horas tem?
- 23:15
O choro de uma criança rompia o silêncio e o breu da estação.
Um só pensava em uma garrafa de vinho tinto,
e o outro no retorno das borboletas.

Perder

Burilou o tempo,
não tinha o quê perder,
somente sua infelicidade
& a caricatura de algoz.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Casulo

Ficou
em frente,
ouviu
enfrente!
mirou
puro enfeite,
tornou
a olhar,
seus medos todos ali
enfileirados,
desarmado de coragem
volveu
para seu casulo,
seu grilhão
.

domingo, 1 de novembro de 2009

Killer

Nas paredes uma cor ferrugem, do cano rachado sai uma água imunda,
a iluminação é precária,
ele soletra algo incompreensível, tipo, Petra Von Kant,
todas as garrafas estão vazias,
na cama de molas o corpo da garota está todo recoberto de sangue,
tenta inutilmente limpar os respingos em seu rosto,
já não se importava com pistas, vestígios, com nada,
levantou-se, colocou um vinil com o adágio do Albinoni e foi trocar de camisa,
ligou o ventilador de teto, parou enfrente ao espelho, disse pra si:
-tenho que dar uma volta, tenho que beber algo
de passagem arrumou o corpo dela na cama, ela tinha lindos seios e uma pequena tatuagem
no ventre, a infelicidade em seus olhos desaparecera,
acendeu um cigarro, chamou-a de anjo e saiu,
pra ele era só mais uma vítima, e que muito provavelmente se repetiria,
-uma garrafa de selvagem, por favor...

Acomodação!

As idéias que tive durante

todo o dia

escoaram,

pouco importa,

não era pra...

ao menos chove;

apago a luz & tento

esquecer minha

improdutividade,

pior ainda, meu

acomodamento.