"SOU POETA MENOR, PERDOAI!" Manoel Bandeira.
Ele contava sua versão da história
- que ela, até o momento desconhecia-
Com minuciosos e requintados detalhes,
Possivelmente influenciado por
Proust que acabara de ler.
Mas, pra ela não passou de lorota, blábláblá
De um fraco.
Sacando a cara de ojeriza que ela fazia
Tentou desviar o assunto com uma ‘batida’ canção de FM,
Só fez ficar mais notório o quão idiota era.
Ela foi ao banheiro retocou a maquiagem,
De saída deixou a chave sobre o aquário,
Disse qualquer coisa totalmente fora de contexto.
- O caminhão de lixo passa amanhã.
Somente o fim do que já era, do que nunca fôra.
O que ficará
Do mim
O nada
Do eu
O vazio
Esquecimento
Nenhum legado
Nenhum bastardo.