Na descida crepuscular da tarde
A janela está ventando
Batem horas nos desajustados
ponteiros
Entrepara... coça... volta,
depois mia*
Lá dentro insuficientes
tentativas
A música jaz(z) já era, raízes agora
(en)cantam
Foge das ruas, manifesta
antropofagicamente
[mordendo a própria orelha
Sulcar até o sangramento, ferir
com os dentes
Doer, doer de prazer... cochilar
Negrume, a noite desce
Ondula o manto, não aplaca o
frio
Cri e os pés descalços tateavam
o beiral
A mente tenta, irreprimível
O gesto da mão é passivo
A luz requer destreza, a luz
não contém o jorro
São eras distantes
Vaguear vazios,
Pretérito, eu vos saúdo
Por conseguinte esqueço-te
Eu...
Orbito.