CERRAM-SE AS PÁLPEBRAS
CANSADAS E ÚMIDAS.
ENCERRA-SE A NOITE.
‘DESANOITECE’!
O VÔO CICERONE LHE MOSTRARÁ
[A AURORA.
NENHUM ESPECTRO RONDARÁ MAIS EM
[TEU SONO.
II
VER-TE-EI SORRINDO
SÓ EM LEMBRANÇAS?
VER-ME-ÃO POR OUTRAS PLAGAS.
EXÍLIO!
O CEGO VIRTUOSE NÃO TOCARÁ MAIS
[ACALANTOS.
NEM TAMPOUCO OUVIRÁS OS SONS DO
[OUTONO.
III
GRANDE TARDE SENSABOR
DE MÃOS A SANGRAR.
SOB O EFEITO IPNÓTICO; SILENCIO.
DESALENTO!
NO AFÃ DE FUGIR DOS DEVANEIOS DO CORAÇÃO,
[SOFRO.
AGORA SIGO, QUAL ERMO CAVALEIRO, NO AMARGOR
[DE SUA AUSÊNCIA.
Março 1996
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