O poema ladra,
cleptonaniacamente
tenta irromper,
o poema
está de sentinela,
seguro de sua não
verbalização,
o poema
se equilibra,
lá embaixo só
barro e pó,
o poema despenca,
e não sou eu que vou
(quem vai?)
amparar,
não sou eu que vou
reestabelecer
a figura,
a retórica,
a mensagem,
deixo a
glande arder,
o poema agoniza,
saio sem palavras
mas, olho pra trás
pra ver
o desmanche
reverberar.
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