Na
manhã da sua desventura
pediste pastel de queijo e café com adoçante;
naquela manhã
pedi pra ela deixar a janela aberta.
Na manhã da sua descoberta
pediste o cacto que, velho, não floria mais;
naquela manhã
pedi pra ela colocar aquele som armorial.
Na manhã da sua descaída
pediste a exclusão de todas as fotografias;
naquela manhã
pedi pra ela afiar as adagas.
Na
manhã da sua despedida
pediste a imediata queima dos livros que ousei indicar;
naquela manhã
pedi pra ela nos servir o derradeiro vinho.
Na manhã da sua sentença
pediste com aquele peculiar rigor que eu não duvidasse do fim;
naquela
manhã
obedeci.
pediste pastel de queijo e café com adoçante;
naquela manhã
pedi pra ela deixar a janela aberta.
Na manhã da sua descoberta
pediste o cacto que, velho, não floria mais;
naquela manhã
pedi pra ela colocar aquele som armorial.
Na manhã da sua descaída
pediste a exclusão de todas as fotografias;
naquela manhã
pedi pra ela afiar as adagas.
pediste a imediata queima dos livros que ousei indicar;
naquela manhã
pedi pra ela nos servir o derradeiro vinho.
Na manhã da sua sentença
pediste com aquele peculiar rigor que eu não duvidasse do fim;
obedeci.