“Somos os únicos punks aqui”.*
A praça jorrava água e fervilhava,
garotas lindas com modelitos new yuppie,
quase uma uniformização,
trejeitos, sorrisos e poses,
face to face for book...
...E lá do outro lado Mautner nos
esperava,
com sua desnuda alma,
sua sabedoria infinda e uma trupe da
pesada.
Jorge vampiro sugando Nietzsche,
o encantador Jorge, nos encantando,
livrando-nos de uma mediocridade
reinante.
Três acordes e as inúmeras
possibilidades de
canções maravilhosas,
arco&violino!
Um Jorge atômico,
Nelson com uma batida bossa rock
maracatu.
Uma garota saiu sozinha, sozinha no
cinema num sábado (...),
e nós, trôpegos com cinco mil bombas
sobre nossos cerebelos.
“Entre o MAUtner e o BENjor”
Perambulamos e somos sumariamente
atingidos pela
descarrilada locomotiva que
insistimos em tentar acompanhar.
Dádiva sabática, o Demiurgo nos
arrebatou.
Voltamos à estação e os derradeiros
vagavam;
breve brinde e a saideira,
aquela noite terminou com ‘céu azul’ e a
promessa de petit gateau.
*Frase do Karide
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