sexta-feira, 19 de abril de 2013

A noite do imitador de abajur



Somos os únicos punks aqui.*
A praça jorrava água e fervilhava,
garotas lindas com modelitos new yuppie,
quase uma uniformização,
trejeitos, sorrisos e poses, 

face to face for book...
...E lá do outro lado Mautner nos esperava,
com sua desnuda alma,
sua sabedoria infinda e uma trupe da pesada.
Jorge vampiro sugando Nietzsche,
o encantador Jorge, nos encantando,
livrando-nos de uma mediocridade reinante.
Três acordes e as inúmeras possibilidades de
canções maravilhosas,
arco&violino!
Um Jorge atômico,
Nelson com uma batida bossa rock maracatu.
Uma garota saiu sozinha, sozinha no cinema num sábado (...),
e nós, trôpegos com cinco mil bombas
sobre nossos cerebelos.
Entre o MAUtner e o BENjor
Perambulamos e somos sumariamente atingidos pela
descarrilada locomotiva que insistimos em tentar acompanhar.
Dádiva sabática, o Demiurgo nos arrebatou.
Voltamos à estação e os derradeiros vagavam;
breve brinde e a saideira,
aquela noite terminou com céu azul e a  
promessa de petit gateau.  

*Frase do Karide 

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