segunda-feira, 26 de maio de 2008

Poema

"Liberdade à minha frente
Não a almejada
Que seria uma graça
Mas apenas uma praça".

Hai kais

No alto afã
a rã
num sobressalto
salta.


Do alto do afã
a rã sobressalta
Bashô refletido.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

O Ventrílogo

O

VENTRÍLOGO

POLIGLOTA

PANTOMIMAVA

FANTASMAGORICAMENTE

FRASES

GRANDILOQÜENTÍSSIMAS.

E A

PLATÉIA (COAGIDA)

OVACIONAVA.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Nuançar


"O Derrame dos Matizes à Esmo e o Imaginado distorcido. A Linha Tênue das Nuançes Baila no Tremor do Abstracionismo".

terça-feira, 20 de maio de 2008

PERDI!

NÁUFRAGO DE UMA

NAU

NÃO

NAVEGÁVEL

PAPEL.

CRI!

ASTRONAUTA

MEDIEVAL

DE ALGUMA

ASTRONAVE

NAUFRANAVE.


Sou...

SOU

CONTUDO UM

CONSPÍCUO PROMÍSCUO

CONSPURCADO PELA

CONCUPISCÊNCIA

CONTUMAZ.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

NO LABOR

DAS PENAS

O PENAR

E O DISSABOR

DE PÁGINAS

ENGAVETADAS.




Madrugada

MADRUGADA.

ARRASTAM-SE OS PÉS

COMO BÊBADOS,

O ALARIDO É ENORME;

OS QUE DORMEM SE AGITAM

NUM SEMI-SONO...

E NAS RUAS OS CÃES LADRAM.

domingo, 18 de maio de 2008

UM SUPLEMETO

NÃO SUPRI

ANSEIOS,

QUE DIRIA PAULO,

CRÍPTICOS;

NEM TORNA

A VIDA ROSA.

quinta-feira, 15 de maio de 2008


BUSQUEI O APURO

DE POUCAS

LINHAS.

CONSEGUI SÓ O

BRUTO E A

IMPOSSIBILIDADE

DE POLIDEZ.


Poe/man/do

URROS/UIVOS/LAMENTOS

GUTURAIS TORMENTOS

CAVALGO MEU ÂMAGO

GALOPO MINHA PSIQUÊ

NARCISO SEM REFLEXO

LODO/LAMA

ÍCARO SEM ASAS

ASSUMO MINHA PERPLEXIDADE

O NÃO/SABER

NÃO-SABER

BUSCO-TE NOS DESVÃOS

DESVARIOS

LÂMPIRA

NOCTÂMBULA QUASE

SONÂMBULA

INTUAI DUMELA*

RECEBE-ME DÓCIL E FALANTE

E DE SUA SEMI-NUDEZ

MINHA MUDEZ.

*Palavra (dialeto) de origem africana, portanto

A grafia pode está incorreta, e quer dizer

‘Aquele que recebe com fogo’.

O Niilismo

O Niilismo instala-se em mim
Tudo que vejo
Ele vem

Nada creio
Tudo duvido

E eu nem sei como párar
Talvez nunca pare
Talvez?!
Penso Nietzsche, Augusto...

O Niilismo voltando está
Nem sei se sou mais...

O desespero
A dúvida
A sordidez
Que são deuses
Que importa a morte
O Niilismo está chegando...
****
Chegando está a minha mente
Que mais, a tua alma

Que venera a tua existência
Minha existência que não,
Mais nada

A tua?
Muito menos

O Niilismo
Está chegando.
Este poema fôra escrito por ISRAEL & GUILHERME,
em um bar da Savassi no mês de abril de 1991.

domingo, 11 de maio de 2008

Espera

"Uma hecatombe eclode
náufraga alma.
Pequenos pedaços soturnos,
e o corpo incólume, estéril,
espera em quebrantos
pela noite".

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Deixa

Deixe-me surrupiar & deleitar
& me acabar em suas
'reentrâncias corporais infinitamente macias'
& que a luz seja de um abajur azul
& o incenso queimando o de sua predileção.

"Pela luz deste olhar à Poesia pode se chegar".

terça-feira, 6 de maio de 2008

O Silêncio da Hora Uivada

No Acaso Termino

No Aleatório Findo

Sou Pequeno

Minto

Perco-me

Meu Universo é

Meu Labirinto

Caleidoscópio

As Cores não são

Cinza Quase

Talvez Reflexo

Palidez e/ou Negror

Lâmina e Corte

Crio Caso

Não Creio

Idéias numa Nebulosa

Ideais na Torrente

Tormento

Desprezo o meu

Desespero-me

Não Tenho Par

Pário

Despatriado

Busco (em vão) em outrem

A Sílaba Murcha

Do Silêncio

De uma Hora Uivada

Fragmentos de um Ser

Carcomido Pela

Embriaguez Insuportável

No meu Tugúrio

Antropofagizo-me

Sozinho

Mato-me.

Poema

Segure em minhas mãos indigentes talvez

E compare os exemplares

Da contida ressurreição

Inseminada nas árvores...

O discreto charme da

Minha impotência, vêm

Novamente atormentar-me.

Impotência psíquica...

Por Zeus!

Meu camarada acabou de anunciar

Que ‘ama o lesbianismo’.

In nomine Dei. Qual?

O Cinema, a Música, a Literatura... Eu.

Queimam a pureza

Da cena na barbatana

Da imarcescível ‘Roseira’.

Sem ritmo, sem melodia, sem roupa,

Nem tampouco idéias. Só palavras desconexas

Pingadas de lábios vermelhos de tanto

Sexo oral.

Este poema foi escrito por KARIDE & ISRAEL em outubro de95.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

NOITE

"NOITE DE DOMINGO. JAZZ NO RÁDIO
JORNAL SOBRE A MESA
POESIA DE 'CAMPOS'; CAMPOS NA LEMBRANÇA".

Ventania

A Força Eólica
Destrambelhava
Um Tufo na Tez
Do Homem
Estupefacto.
Insólita Paisagem
Que não Subsiste;
Irreal Até.