quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Manhã Solar

Manhã Solar na Estação
transeuntes y
transportes
trafegam
apressados,
claridade amena
serena,
pena
separar
se faz
na
Manhã Solar na Estação.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Magia

Revelo minha mágica,
minha farsa.
Aludo uma
obsidere.
Iludo os
obsecados.
Que chiste!
As gargalhadas
transmutam,
soluços &
tremedeira.
Um palhaço ri.

domingo, 23 de agosto de 2009

Não vai dar

Que bom,

Veja você,

Acho que não vai dar,

Choveu,

Tenho que contar

As pegadas do rebanho,

Tenho que fotografar

O passante vento,

Pensar uma fuga,

Mudo em meus pecados.

Faz frio,

Devo ir,

O fastio é assaz.

Caminhar,

O reino já foi tomado pelo

Pântano,

Ao mar os ratos,

Abandono.

Olhe,

Não vai dar,

Nada de maldizer,

Fúria ou espirro;

Um eclipse a ser visto

Uma surpresa sempre

Deixada pra depois

Um mistério.

Digo uma vez mais,

Não dá,

Preciso,

Compreendeis...

sábado, 22 de agosto de 2009

Mordidas


Suco de maracujá.

Entre o café da manhã e o

Almoço,

Uma maçã.

...E foram

Tantas,

Lentas,

Intensas &

Suculentas

Mordidas,

Que teria

Deixado

Todo seu

Corpo marcado.


terça-feira, 11 de agosto de 2009

Tentativa

Fala de um pândego comendo capim,

No término de um mês sem nome,

Nas vindouras folhas que já secaram,

De um sorriso extraído de uma reminiscência,

De nada,

Ou pretende,

Grita de um fetiche extraviado,

Grita o sangue manchando o lençol,

Grita, a espera, a demora, a falha...

Grita um infundado proceder,

Rumo ao nada,

Ou pretende,

Fala pro rastro do cavalo secando no asfalto,

Pras estórias que são (serão) contadas aos netos,

Pras mentiras sem menção,

Pro café esfriando na xícara desbotada,

Para nada,

Ou pretende,

Fala somente para o que não deve acabar,

Mesmo que (?)...

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Prazer em ouvir


Lapso.

Meu “Kind of Blue”

Foi ao chão.

Quase um colapso.

Rápido coloquei,

Play.

Que alívio,

Que prazer.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Súbito

Num repente,
lembrei o nome da cidade;
súbito desinteressei,
fechei o livro
(já era sem tempo)
e fui perambular,
sem nome, sem cais,
mãos nos bolsos,
rangia, tremia ao pensar que
por ventura poderiam
me entender,
me conhecer, mínimo que fosse,
tremi num contentamento;
embora aparente o oposto,
eu cri,
cri possível;
colorido pelo neon vulgar
dobrei a esquina,
rumava pra casa,
tinha que fazer a barba.

domingo, 2 de agosto de 2009

Quase

Eu Valho....................................Em Nada

Eu Falho.....................................Em Tudo

Eu Falo........................................Bem Pouco

Meu Falo...................................Falha


Bem Pouco.............................Eu Valho

No Todo.....................................Eu Falho

Pro Nada..................................Eu Falo

Pra Quem................................Meu Falo