domingo, 8 de abril de 2012

Eterna noite

Mais uma vez o grande otário vagando à esmo,
noite escura, rua vazia, solitário noctâmbulo,
vomitando palavras desconexas, vagando com um sonâmbulo.
Caminho de ébrios, que no raso lembra a ti mesmo.

A mesma desgraçada rua.
Escuridão que ora aumenta, diminui;
e o sono que não vem, alegria que não possui,
mórbido dia, noite que deixa imersa a lua.

Grita, esmurra e diz não,
imorredouro martírio que acompanha a solidão,
monte negro qual um sepulcro

Aurora aproxima-se, nada difere da imensidão
negra da noite; não vou acompanhar esse coração
deixo pro meu corpo, digo, este vulto.

Tentativa de reescrever este, 20 anos depois, data provável 20. 02. 1992.

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