domingo, 23 de junho de 2013

Orbito



Na descida crepuscular da tarde
A janela está ventando
Batem horas nos desajustados ponteiros
Entrepara... coça... volta, depois mia*   
Lá dentro insuficientes tentativas
A música jaz(z) já era, raízes agora (en)cantam
Foge das ruas, manifesta antropofagicamente
                             [mordendo a própria orelha
Sulcar até o sangramento, ferir com os dentes
Doer, doer de prazer...                             cochilar
Negrume, a noite desce
Ondula o manto, não aplaca o frio
Cri e os pés descalços tateavam o beiral  
A mente tenta, irreprimível
O gesto da mão é passivo
A luz requer destreza, a luz não contém o jorro
São eras distantes
Vaguear vazios, 
Pretérito, eu vos saúdo
Por conseguinte esqueço-te
Eu...
                 Orbito.  

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