passei
passamos
e
o quê ficou
o
quê resta
no
fundo da memória ‘Alzheimer’
na
lembrança de lapsos
o
quê ficou
em
cada âmago
o
vazio
o
esquecimento
puro
e simples...
passei
passamos
ela
foi mais brutal que o
capitão
Nascimento
me
pedindo pra sair
pra
sumir
covarde
que sou
sai
pela portinhola
que
estava entreaberta
pulei
a pequenina janela
do
sótão
esgueirei
pela fresta
mal
iluminada...
passei
passamos
o
segundo andar
congelou
corações
como
uma noite de nevasca
no
deserto
não
mais
nenhuma
aurora boreal
trará
de volta
o
frescor
da
primeira manhã de outono
que
adentra
sorrateiramente
pela
epiderme...
passei
passamos
e
o ‘tal’ amadurecimento
permanece
lá entre felinas
ferozes
leoas defendendo
suas
crias
(sic)
inatingível...
Seria
um
desgastes
desnecessário
então,
falarei
somente das
folhas
caídas
à
revelia do
vento...
seria
um
desperdício
descabido
portanto,
lembrarei
apenas
o
que fôra dito
aleatoriamente
sobre
o sorriso
verdadeiro
do catador de recicláveis
naquela
nublada manhã...
seria
uma
desavença
desconfortável
entanto,
destacarei
só
o
último diálogo
non
sense
com
o espectro
rivalizador,
semelhante
ao seu
semblante
ameaçador...
seria
um
descarte
desmoralizante
logo,
manterei
exclusivamente
na
prateleira defronte,
seus
insultos e descasos
para
não se perder
na
memória,
o
suco ígneo e escaldante
da incompatibilidade...