domingo, 15 de novembro de 2009

A Espera

Escuse-me!
- Crês, de fato, na fatalidade indestrutível do esquecimento?
- E tu, acredita na permanência indelével para outrem?
Por volta da meia noite embarcariam, cada um com seus motivos,
rumo ao incerto, ao desconhecido...
- Que horas tem?
- 23:15
O choro de uma criança rompia o silêncio e o breu da estação.
Um só pensava em uma garrafa de vinho tinto,
e o outro no retorno das borboletas.

2 comentários:

Cássio Amaral disse...

rasgar o verbo e suar poesia.

abraço de araxá mano.

Isaias de Faria disse...

sem o retorno das borboletas a vida não teria sentido.