domingo, 1 de novembro de 2009

Killer

Nas paredes uma cor ferrugem, do cano rachado sai uma água imunda,
a iluminação é precária,
ele soletra algo incompreensível, tipo, Petra Von Kant,
todas as garrafas estão vazias,
na cama de molas o corpo da garota está todo recoberto de sangue,
tenta inutilmente limpar os respingos em seu rosto,
já não se importava com pistas, vestígios, com nada,
levantou-se, colocou um vinil com o adágio do Albinoni e foi trocar de camisa,
ligou o ventilador de teto, parou enfrente ao espelho, disse pra si:
-tenho que dar uma volta, tenho que beber algo
de passagem arrumou o corpo dela na cama, ela tinha lindos seios e uma pequena tatuagem
no ventre, a infelicidade em seus olhos desaparecera,
acendeu um cigarro, chamou-a de anjo e saiu,
pra ele era só mais uma vítima, e que muito provavelmente se repetiria,
-uma garrafa de selvagem, por favor...

Um comentário:

Isaias de Faria disse...

massa, prende a leitura.gostei do "paradoxo" : petra von kant e garrafa de selvagem.