domingo, 19 de outubro de 2008

Poema

Os aborígines

Longevos

Longe dos

Olhos incautos

Dos civilizados.

Os empíricos

Cegos para

As letras

Tortas.

Os bárbaros

Ao largo da

Barbárie moderna.

Os nativos lassos

Dos esquálidos

Sons metálicos.

Os seres quedos

Nas pocilgas

Cotidianas de

Vidas medianas.

No vasto

Vazio de uma

Amplidão turva

Me junto a eles e

Permaneço como a

Esperança:

Ferido de morte.

Abril de 2005

Um comentário:

Patricia Alhures disse...

Melancólico e lindo, o finalzinho ficou massa, taí gostei.